domingo, 18 de julho de 2021

Curva de Acumulação de Espécies: como construir e arquivos tutoriais para baixar gratuitamente


Vamos conhecer um dos estimadores comumente utilizados para avaliar a suficiência amostral de um experimento/estudo, a curva de acumulação de espécie, ou também chamado de curva do coletor, ou acúmulo de espécie.


Vídeo: Curva de acumulação de espécies - BIOTUTORIAL do post no blog
BAIXE AS TABELAS, botão no final deste post.

O que se estima?
De um modo bem simplificado, estimador vai mostrar como está a acumulação de espécie nova nas tuas amostragens, o que pode caracterizar a suficiência amostral.

Como interpretar?
Tudo vai depender do que você está amostrando e quais os teus objetivos, mas no geral, quando a curva fica acentuada, representa que suas amostragens têm tido repetições de espécies, isto é, menos espécies novas, chegando a uma suficiência amostral.

Usar área ou parcela?
Depende muito do que você está trabalhando, e também de seu interesse, exemplo, se estiver trabalhando com besouros, pode tratar as parcelas como pontos de armadilhas, ou transectos, … quando se trata de inventário de flora, pode tratar como parcela 1 ou 2, ou como eu costumo trabalhar, 200 m², 400 m², … mas isso vai de cada estudo e de como você deseja trabalhar.

Passo a passo no desenvolvimento
Dos dados utilizados no desenvolvimento da curva, têm:
- [A] Nome do indivíduo (científico)
- [B] Parcela/ponto/área, exemplo: parcela (1), (2);
Com o dado na tabela, agora precisamos criar uma lista das espécies [A] comparando com as parcelas [B], como o exemplo mostrado no vídeo deste post:

Cópia da tabela do vídeo

Com esta listagem, conseguimos trabalhar a acumulação das espécies, eu particularmente recomendo copiar esta lista e colar numa nova aba do editor de tabelas, pois assim não altera os dados de origem.

Se sua lista não está organizada, selecione todos os dados, e vá no menu Dados > Sortear (Data > Sort), selecione para sortear no modo descendente, respeitando o critério, indo da primeira parcela a ultima parcela, sorteando cada uma no modo decrescente:

Captura de tela mostrando o critério de sorteio.

Vamos entender os dados desta tabela:
- Na parcela 1 [B], todos as espécies [A] são consideradas como espécies novas;
- Na parcela 2 [B], provavelmente aparecerá espécies [A] que se repetem com a primeira, mas pode haver espécies novas;
- Nas demais parcelas [B], acontece a mesma coisa, só que observe que, conforme seguimos nas novas parcelas, há mais repetições que espécies [A] novas.
 Captura de tela de uma curva hipotética
exemplo do nosso vídeo.

Aqui está o X da questão, a acumulação de espécies. Conforme vamos realizando os procedimentos, e vai aparecendo menos espécies novas, provavelmente nossa amostragem está com suficiência amostral. 
Gostou da dica, e deseja baixar a tabela par ao Libreoffice Calc e também no formato Google Sheets, basta clicar aqui ou no botão a seguir:
Dica de leitura
SCHILLING, A. C.; BATISTA, J. L. F. Curva de acumulação de espécies e suficiência amostral em florestas tropicais. Revista Brasil. Bot., v. 31, n. 1, p.179-187, 2008. doi: https://doi.org/10.1590/S0100-84042008000100016

6 comentários:

  1. Fiquei confuso. E para não escrever asneira prefiro ficar "calado", lol
    .
    Cumprimentos poéticos.
    Cuide-se
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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    Respostas
    1. Olá Ricardo :D

      Bom, este post é uma forma de trazer alguns materiais utilizados por pesquisadores e biólogos, de uma forma mais leve e usual.
      Mas, acaba tendo termos técnicos, o que, para quem não tem costume de utilizar, fica meio confuso mesmo hehe
      Forte abraço

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  2. Respeito pela Natureza e pelos seres vivos que a habitam.
    Abraço, boa semana

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  3. Excelente e bem informativo post.
    Um grande abraço

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