As cores das flores: um breve resumo dessa magnífica característica vegetal

Elas chamam a nossa atenção com seus formatos, cores, odores e simpatia, as flores são estruturas reprodutivas de muitas espécies vegetais, mas nem todos a tem, como as samambaias e os musgos (A lembrar, algas são consideradas protistas, apesar de realizar fotossíntese).

Orquídeas florescendo na primavera.

De uma forma bem simplória, as flores são folhas modificadas com objetivo reprodutivo, não realizam fotossíntese, e para a sua formação, a planta ‘gasta’ um elevado valor energético e nutricional.

É um leve engano acharmos que as plantas produzem suas flores para atrair aos humanos, elas querem, na verdade, atrair os seus polinizadores, os animais que transferem seu pólen para outra planta e misturar os gametas, a fim de gerar ‘filhos’ com DNA misto (fluxo gênico). Todavia, o ser humano acabou vislumbrado com sua beleza, e as mais belas acabaram sendo reproduzido pelo homem, e ganhando mais espaços em seus jardins.

Do pigmentos das flores, temos:

Antocianinas - Cor laranja, azul, roxa, vermelho e violeta.
Chalconas – Cor amarelada.
Carotenoides – Cores do amarelo ao vermelho nas frutas
Betalaínas – Cores vermelha, amarela, pink e laranja.

Escola Kids - Ma. Vanessa dos Santos

Cores são impressões que a luz refletida pelos corpos produz no órgão da vista, isto é, a cor que vimos nos objetos e/ou flores, são na verdade, o reflexo da luz naquela superfície, vamos tentar facilitar: num objeto, quando recebe a luz solar, ele absorve todas as cores, exceto a verde, assim, como a cor verde não ‘entra’, ela acaba refletindo, e a aparência do objeto fica verde (para nós humanos, nossos olhos) [Leia sobre o assunto cores em Deltae].

Mas por que falamos das cores? Bom, as cores que você vê nas flores, não são as mesmas vistas pelos outros animais (até mesmo entre os humanos), veja esse exemplo da visão das abelhas apresentados pela BBC. Além das cores, há os formatos e odores que atraem os polinizadores, mas este não é o foco desse post, as cores.

Para a produção de um determinado pigmento, o vegetal utiliza diferentes produtos químicos, todavia, todo esse maquinário complexo têm origem genética. Gregor Mendel em seus famosos experimentos, demonstrou que um vegetal pode ter alelos recessivos e dominantes, que determinam a cor da flor, do fruto, … (Os históricos AA, Aa, aa), o que isso quer dizer: uma determinada planta pode ter três cores de flores (vermelho, laranja e amarelo), o vermelho domina ‘a parada’, o amarelo aparece na sorte (ou quando os dois alelos são recessivos [aa]), e o laranja quando há a mistura de vermelho [AA] e amarelo [aa], se tornando um vegetal heterogêneo - laranja [Aa] (Claro que envolvem outros genes, mas essa explicação do Mendel é bem interessante e compreensiva).

Flor de Justicia carnea Familia Acantaceae

Nos nossos quintais, muitas plantas sofreram mudanças ocasionadas por testes feitos por humanos, misturando gametas de plantas ‘vermelhas’ com ‘amarelas’, dentre outras características (claro, de indivíduos da mesma espécie, exemplo, gênero de Hibiscus sp. – conhecido também como estrela-do-norte). E muitas vezes, quem faz essas interações, nem imagina o porquê da certo essa mistura, bom, espero que agora tenha aprendido um pouco :D.

Apesar de terem sofrido interações humanas, as flores continuam sendo nosso ‘xodó’, estando em nossos quintais, varandas, salas, desenvolvendo suas flores e frutos…, sendo presentes de gratidão, amor, bons sentimento, sempre embelezando a nossas vidas.