sexta-feira, 15 de maio de 2020

É cientificamente comprovado: contato com a natureza faz bem


Muitas vezes, observamos as nossas atitudes diárias, e impomos alguns conceitos para ilustrar ações como cultivar uma horta, colocar os pés no chão, ouvir a vocalização dos pássaros, o barulho do vento, da chuva …, e esquecemos que tudo isso está interligado numa relação única, até então conhecida exclusivamente terrena, a vida.

O meio ambiente, que tem sido cada vez mais distanciado do nosso pensamento, nunca deixou de fazer parte de nossa existência. Vamos fazer um teste? Pare de respirar (Isso mesmo, tranque a respiração o tempo que conseguir).

Impossível viver sem respirar, não é verdade? Melhor dizendo, é insustentável viver sem respirar, e esse é um dos maiores exemplos de nossa ligação com a natureza. O ar limpo, é uma necessidade para que possamos ter saúde, e só se tem ar limpo, com ambiente equilibrado.

Mas, se engana, quem acredita que apenas o ar que respiramos é essencial na nossa vida. Vamos a mais um teste? Toque em algo (na grama, em um copo de café quente, suco gelado, no tecido da sua roupa).

Se você não tiver nenhuma patologia ou ausência de sensores pelo seu corpo, com certeza sentiu o atrito do toque da pele com o outro item. Para esta simples ação, seu corpo realizou uma poderosa carga elétrica, que transitou pelos neurônios até seu encéfalo, e lá, fez-se o reconhecimento do item e mandou para seu membro, a reação necessária (exemplo: calor escaldante ou muito frio, fez o membro se afastar), isso em frações de segundos.

Flores vermelhas iridaceae
Flores de plantas da família Iridaceae.

Assim é o nosso corpo, 24 horas por dia em total funcionamento, pulmões agindo como um escapamento para retirada do gás carbônico e introdução de oxigênio, o coração que bate feito uma bomba de sangue, a pele que se conecta com o meio externo, neurônios que reagem e geram milhares de ações pelo corpo… reações, ações, energia a mil.

Do mesmo modo, que nosso corpo gera ações constantes, a carga energética também acumula. Você já sentiu ou viu alguém que leva ‘choque’ ao tocar em outras pessoas, ou materiais metálicos? Esse ‘choque’ é real, são energias acumuladas… e vale aquele ditado da avó… coloque o pé no chão, minha filha! Fato, o contato do corpo com a terra, gera uma ‘descarga’ energética, porém, além dessa descarga, o solo é fonte de nutrientes e minerais essenciais a nossa vida, funciona como uma troca de energias, do solo para nós, de nós para o solo.

Essa interação homem e natureza vêm sendo estudado pela ciência, como no caso das cargas energéticas, no qual, se avalia e compreende a importância do Aterramento (Earthing), isso mesmo, o colocar os pés no chão, para descarregar as energias (veja OSCHMAN, 2015). Na obra citada, o autor aborda sobre o nosso distanciamento do meio ambiente, com a inclusão e elevação do uso de calçados, a implementação de tecnologias como celulares e computadores, o fast food, por fim, a integração ao nosso psíquico de que somos distantes da natureza e não integrante dela.

Folhas de Samambaia
Detalhes de foliólulos de uma espécie de samambaia.
Com o avanço das doenças, principalmente psíquicas, a ciência tem-se voltado a compreender esse rompimento do homem ao meio. Um importante estudo têm demonstrado a relevância do contato com a natureza, é o desenvolvido pelos pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da universidade portuguesa Univates (2018), no qual, observou-se a eficiência da melhora interativa/integrativa de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na educação.

Outro estudo, esse envolvendo hospitais, foi desenvolvido nos Estados Unidos por membros da Universidade de Harvard, no qual, verificou-se uma melhora significativa do pós-operatório de pacientes que tiveram os leitos voltados a ambientes naturais, consumindo menos medicação e tendo recuperação mais rápida.

Outros projetos como as Pet terapias (terapia com animais domésticos), têm levado a hospitais, asilos, orfanatos, … animais para interagir aos membros, muitas vezes, utilizando o termo de humanizar. Sim, humanizar é, na verdade, ser o natural, nossa atuação no ambiente.

Por mais que nos imaginamos distantes da natureza, ela nunca sai de nós. Nosso perfume, alimento, roupa, móveis, enfim, tudo que abrange os nossos sentidos e tudo o que somos. Fazer algo, como cultivar uma horta, manter uma vaso de flor, acariciar um animal de estimação… pode sim ser curativo, calmante. Assim, não há dúvidas, estar em meio a natureza, ou com um pedacinho dela, nos faz muito bem.

Algumas Referencias bibliográficas

OSCHMAN, James L. Energy Medicine: The Scientific Basis. Elsevier Health Sciences, 6 de out. de 2015. p. 392.

MARCUS, C. C. BARNES, P. M. Gardens in Healthcare Facilities: Uses, Therapeutic Benefits, and Design Recommendations. University of California. The Center for Health Design, Inc. 1995.

4 comentários:

  1. Grande Calebe, sempre com boas informações. Assim como diz o pensador Munhoz, "Ter conhecimento é algo notável, porém, transmiti-lo é ainda mais incrível."

    Positividade sempre!
    - Grande abraço!

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    1. Muito me alegra suas palavras.
      Gratidão, e comprometimento... assim sigo minha jornada.

      Abraço e volte sempre :D

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  2. Isso que o calebe falou na informação sobre choque em pessoas é real minha sogra in memórian não dava para colocar a mao nela que dava choque.

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