sábado, 23 de maio de 2020

A importância da reprodução sexual nos seres vivos

Dos organismos microscópicos às grandes baleias, a reprodução sexual é uma realidade, e essa característica é importante pelo fato de se gerar o fluxo gênico. Hoje vamos tentar entender esse mecanismo de uma forma simples (acredito eu :D).

Quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.) Família Phyllanthaceae
Quebra-pedra (Phyllanthus niruri L.) com flor e fruto
Família Phyllanthaceae
Diante da infinidade de seres vivos, vemos a reprodução no modo comum (sexual) e também comum para algumas espécies (assexual, sem troca de gametas masculinos e femininos).

Você já deve ter visto a ocorrência de uma reprodução assexual, isso é muito comum em nossos jardins, onde retirarmos um ramo ou folha de vegetal e fazer uma ‘copia’ dessa planta (estaquias, enxertias, …) para fim de multiplicação de um indivíduo.

Quando se faz uma cópia de indivíduo, todo o sistema é muito parecido ou idêntico. Então pensamos assim: a planta A tem em seu organismo (no DNA) uma área de defesa para a praga X, ela se reproduz a partir de retalhos de si mesma, e faz várias cópias… e, num ‘belo’ dia, uma determinada praga Y ataca todas as plantas, acarretando a mortandade de todas da espécie. Assim, vemos a extinção em massa da planta replicada.

Agora temos duas plantas, uma resistente a praga X e a outra a praga Y, ambas as plantas são bissexuais (os dois sexos) e Magnoliophyta (Angiospermas - plantas com flores e frutos que protegem as sementes), elas trocam gametas uma com a outra (reprodução sexual), no caso, uma flor poliniza a outra.

Cada um dos vegetais produziu 50 brotos (100 no total), e com a mistura dos DNA, gerou 60 resistentes a praga X e 40 a praga Y. Num belo dia, ocorreu uma infestação da praga Y, que começou a matar as plantas vulneráveis. Todavia, como há um misto de plantas resistentes a X e a Y, as X se mantiveram intactas, além de permitir às vulneráveis a praga Y ganharem resistência (com o passar do tempo) e sobreviverem a situação.

Desse modo, o fluxo gênico (troca dos gametas) ocasionado pela reprodução sexual, possibilitou que gerassem proles diversificadas que acabam dando maior garantia de perpetuação de sua espécie na terra.

Algumas referências

BONNER, J. & GALSTON, A.W. Principios de Fisiologia vegetal. Aguilar S.A. Ediciones, Madrid, 1957.

ODUM, E. P. Ecologia. Traducido por Carlos Gerhard Ottenwaelder. 3. ed. México, DF: Interamericana, 1972.

ROSIQUE, I.R,RORIQUE, I.,CHEIN, L.A. Fundamentos de Botânica. São Paulo: F.T.D., 1976.

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