Herbivoria – Quando os animais se alimentam das plantas

sábado, 16 de janeiro de 2021

Herbivoria – Quando os animais se alimentam das plantas

Você já deve ter visto folhas de plantas rasgadas, mordidas e ou modificadas (por ação gerada por animais herbívoros ou onívoros), essas situações têm um nome técnico que a define: Herbivoria.

Percevejo se alimentando de tomateiro árvore (Tamarilo)

No caso, a herbivoria seria a relação ecológica onde animais se alimentam de plantas vivas para sua subsistência, mas se engana que herbívoros (ou onívoros – que comem plantas e animais) são apenas animais de grande porte, como o veado, o gado, cavalo, capivaras, porquinho-da-índia, aves, macacos, cães, humanos, …, os invertebrados (lagartas – fase inicial de muitos insetos, percevejo, cochonilha, ...) também se alimentam, sendo esse 80% da vida animal aproximada existente.

Será que essas lagartas conseguem devorar uma árvore?

A ecologia diz que, na herbivoria, apenas o animal se beneficia, fato… pois a planta perde parte do seu membro e gastará energias e recursos para se recompor… mas, quando há ingestão de uma copa de árvore, por exemplo, haverá maior incidência de luz solar na parte terrestre da floresta, assim… plantas que precisam do sol vão conseguir se desenvolver. Deste modo, compreende-se que esse é um assunto extremamente complexo, que vai além do que vemos nos nossos olhos, mas nas reações em cascata.

Em inventário de flora realizado em 2020, observei grande
ocorrência de herbivoria nessa espécie de Melastomataceae
(nome comum Pixirica). Observe a folha da seta.

Observe os furos e cortes nas margens deste Café-do-mato.

Me diz uma coisa, a planta é devorada sem fazer nada para se defender? Muito pelo contrário. Os vegetais são organismos complexos e dinâmicos, e essas estratégias de defesa vêm sendo amplamente pesquisado pela ciência. Um exemplo citado no MicroDOC aqui do nosso blog, foi as metodologias de comunicação desenvolvida pelas plantas, no qual, elas conseguem se antecipar a possíveis futuras pragas.

Folha de maracujá.

Além da comunicação, as plantas desenvolvem armas de defesa, como espinhos, compostos químicos repelentes e/ou tóxico ao animal (podendo o levar a morte), hormônios de socorro (exemplo: pinheiros quando são atacados por pulgões, jogam no ar um hormônio atrativo que chama as joaninhas, e caso não saiba, as joaninhas são carnívoras vorazes) e, pasmem, estruturas enganadoras… como no maracujazeiro, isto é, para enganar a borboleta, e evitar que ela coloque seu ovo para que a prole venha a se alimentar das folhas do maracujazeiro, o pé de maracujá cria pseudos ovos que enganam a borboleta, e ela não deposita seu ovo na planta (veja a pequena bolinha abaixo da mosca, na foto da folha do maracujá).