segunda-feira, 1 de junho de 2020

Bioestatística: o Diagrama de Whittaker na avaliação de distribuição de abundância de espécies


Você já deve ter visto em algum artigo de revista, livro ou outra produção técnica/acadêmica, esse gráfico que ilustra a abundância de indivíduos (Diagrama de Whittaker). Isso ocorre, tanto pela importância dos resultados obtidos, quando a facilidade de compreensão sobre a questão de sobreposição de espécie (geralmente entre espécies do mesmo gênero, famílias, etc… exemplo: espécies de árvores lenhosas com CAP de 10 cm; espécies de besouros escarabeídeos, ...).

Muitas vezes, numa determinada área a curva de abundância não é tão acentuada (imagem abaixo, exemplo 1), demonstrando que todos os indivíduos ocupam seu espaço, sem competir muito com os demais. Todavia, quando há uma elevação (ver imagem abaixo, exemplo 2) em uma determinada espécie, caracteriza que algo pode estar errado, alguma transição ou evento momentâneo que modificou a comunidade avaliada (Sabe-se que, na maioria das vezes, isso ocorre por interação humana – ação antrópica).

Vamos a um gráfico teste:

Imagem exemplo Diagrama de Whittaker
Imagem exemplo Diagrama de Whittaker

No gráfico acima, vimos que no eixo X fica uma lista de espécies, ela sequencia da mais abundante para a menos (1, 2, 3, 4, 5, ...). No eixo Y, temos a abundância relativa, no caso, quantos foram encontrados, ou sua massa total, comparada aos demais. Cada microssímbolo na linha, equivale a uma espécie.

Muitas vezes, quando há uma curva muito acentuada, além de ilustrar um desequilíbrio ambiental, pode ter como maior representante um espécime exótico invasor (Imagem acima, exemplo 2), que ocupa a área dos nativos, e eleva nosso alerta vermelho referente a degradação ambiental.

Pode ser que, no meio do gráfico, encontra-se uma espécie exótica (exemplo 1, imagem acima), que também merece nossa atenção e monitoramento. Enfim, a avaliação do gráfico vai depender de caso a caso, e sempre é bom relembrar, apenas um modelo avaliativo não cai bem, sendo importante aplicar outros testes, como no caso o Índice de Shannon, dentre outros modelos muito usuais.

Após longos momentos de estudos, de tentar entender melhor esse gráfico e o calculo para chegar ao mesmo, desenvolvi uma tabela dinâmica, para facilitar a nossa vida, quando necessário aplicá-lo (veja o vídeo, o tutorial de uso). Num resumo breve:
Calcula-se para cada espécie: LOG10(n/N+1)
No caso: n (total de indivíduos – ou volume - para a espécie)
         N (total de indivíduos – ou volume – encontrado em toda amostragem)
O +1, utiliza-se quando os dados ficam próximo a 0 ou negativo.

Para efetuar o download, basta clicar no link a seguir:

Peso: 104,7 kb Formato: .zip
Arquivos para Microsoft Office Excel, LibreOffice Calc e Google Sheets.

Muito obrigado pela visita, e espero que esse material lhe ajuda.

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2 comentários:

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