Os malefícios das espécies exóticas invasoras e materiais interessantes que abordam o assunto

É natural ver a comunidade ativa na preocupação pela biodiversidade, com importantes iniciativas de recuperação de áreas, plantio de árvores e cuidados com seus resíduos, mas, muitas vezes o que deveria ser uma boa ação, acaba sendo uma atitude prejudicial para a ecologia local.

Casuarina equisetifolia L. em costão rochoso.

Antes de prosseguir, vamos a uma breve fala. Há espécies exóticas, isso quer dizer, espécie que não pertence ao ambiente no qual está presente, exemplo, laranjeiras. Há espécies exóticas invasoras, no caso, além de não pertencer ao local onde está presente, ela invade a área das espécies nativas e rouba seu espaço, habitat (Leia o artigo Alienígenas na sala, link na lista no final desse post).

Um dos grandes exemplos, veja a imagem acima, ocorre nas praias brasileiras, o cultivo de Casuarina equisetifolia L. (Pinheiro de praia). Essa árvore é natural da Austrália e tem em sua característica, o potencial de impedir que espécies nativas nasçam em seu entorno (muito similar às arvores de eucalípto), isso é, ela dispersa um produto tóxico que impede que outras plantas se estabeleçam no seu derredor, todavia, as pessoas utilizam-na para ‘segurar’ dunas. Porém, há a possibilidade de substituir essas árvores por outras espécies nativas como Schinus therebinthifolius (aroeira-vermelha), Tabernaemontana catharinensis  (jasmim) e Enterolobium contortisiliquum  (orelha-de-macaco) (Referencia 01 Tese ZIMMERMANN  / 02 Insituto Horus).

Em nosso entorno, centenas de espécies exóticas são cultivadas constantemente, gerando diversos problemas ambientais. Todavia, faz-se importante conhecermos quais espécies locais podem, com tal beleza e características desejosas, ocupar seu lugar merecido no paisagismo ou recuperação de área degradada, sendo a forma mais eficiente, o contato com um profissional especializado ou ir ao órgão ambiental municipal.

Porém, precisamos entender que, quando há uma espécie exótica num determinado local, ela pode mudar a qualidade ambiental, e como abordado no primeiro microDOC aqui do blog, nós somos parte do ambiente, assim, podemos também nós sofrermos danos impensados, como no caso do caracol africano e o mosquito da dengue, que podem transmitir doença e levar um ser humano a óbito.

A seguir, separei alguns materiais que abordam o tema de espécies exóticas e exóticas invasoras:

- Alienígenas na sala: o que fazer com espécies exóticas em trabalhos de taxonomia, florística e fitossociologia?
- Base de dados das espécies exóticas invasoras.
- Espécies Exóticas Invasoras de Águas Continentais no Brasil
- Guia de orientação para o manejo de espécies exóticas invasoras em unidades de conservação federais
- Listagem de plantas alternativas às plantas exóticas invasoras listadas para o estado do Rio de Janeiro
- Plantas e Vertebrados Exóticos Invasores em Unidades de Conservação no Brasil, 2013.

Busquei algumas listas e artigos referentes a espécies exóticas invasoras para cada estado (não encontrei de todos, então coloquei apenas os que achei – Acesso em 27/05/2020):
   
    Nordeste brasileiro
    Amazonas (AM)   
    Distrito Federal (DF)    
    Paraná (PR)        
    Rio Grande do Sul (RS)
    Santa Catarina (SC)
    São Paulo (SP)